segunda-feira, 12 de abril de 2010

História escrita por uma amiga supertalentosa:Bruna!

A Segunda Chance
— Mel. Acorda, você vai se atrasar.
Lentamente, Melissa acordou enquanto a irmã, Karen, a sacudia. Ela se levantou e efetuou todos os seus rituais matinais lentamente, não porque estivesse com sono, mas porque ela não tinha motivos para se apressar.
— Melissa. – Falou a irmã, parada na porta do quarto. — Dá pra parar de se olhar no espelho? A gente vai acabar saindo de casa sem tomar café. Ou melhor... Você vai. – Então ela se virou e saiu apressada do quarto.
Ela não ouvia o que Karen dizia. Pelo que parecia ser a milésima vez em dois meses, Melissa se olhava no espelho, tentando se encontrar. Onde estava a garota saudável, alegre e bonita de três, quatro meses atrás? No lugar onde haviam estado lisos e sedosos cabelos pretos, antes cheios de brilho, agora havia fios escuros opacos, secos e cheios de frizz. Os olhos azuis tinham olheiras carregadas, a pele clara trazia algumas pequeninas espinhas, os lábios estavam ressecados, estava mais magra de um jeito nada saudável, as unhas por fazer estavam quebradas e cheias de cutículas, sua postura estava corcunda… Mas o que a deixava pior não era a aparência física, e sim seu estado emocional. A expressão que sempre trazia alegria agora guardava tristeza, rancor, desconfiança. Tudo isso fruto de uma desilusão, uma traição, uma perda.
Melissa lentamente pegou suas coisas e desceu para a cozinha, onde Karen terminava de comer uma caixa de donuts. A mãe das garotas costumava dizer que Karen estava tão contaminada pela cultura norte-americana que até sua comida era americanizada. Melissa achava que se importar com isso era uma simples futilidade da mãe, que diferença fazia se Karen comia porcarias americanas ou brasileiras? Era tudo açúcar, mesmo.

Claro que ela só passou a pensar assim depois do “Incidente Claudio”.

Melissa recusou quando Karen ofereceu seu último donut ou alguma coisa da geladeira. Elas saíram para a escola.

Karen era um ano mais nova que Melissa. Ela estava no segundo ano, Melissa no terceiro. O fim do ano se aproximava, e com ele formatura, vestibular, concursos… E ela não tinha idéia do que iria fazer na faculdade. Meses atrás ela estava feito uma louca fazendo mil testes, pesquisando com mil pessoas sobre suas profissões, vendo se ela se encaixava em alguma. Agora, ela mal se importava. Se ela teria a vida toda para estudar, por que fazer tudo correndo em plenos 17 anos?

A única coisa que fazia Melissa ir à escola era o fato de que ela encontraria o ser que a entendia melhor no mundo: seu melhor amigo, Paulo. Após o “Incidente” com Claudio e o modo como ela reagiu, suas “amigas” se afastaram dela. Provavelmente acharam que ela era uma doida deprimida que ficava se remoendo por homens. O único que nunca a havia abandonado era Paulo, o garoto que estivera com ela desde a quarta série, quando eles foram para aquele colégio e não conheciam ninguém, e tiveram que sentar juntos porque todos já se conheciam. Digamos que foi quase amizade à primeira vista.
Paulo era bonito, e muitas pessoas achavam que tinha algo a mais entre ele e Melissa. Ele era alto e forte, tinha cabelos castanhos claros curtos e olhos verdes que faziam as garotas se derreterem. Pelo menos até elas repararem que os belos olhos verdes eram delineados por lápis preto, e começarem a pensar que ele era emo. Então passavam o olhar para os brincos na orelha e os piercings espalhados pelo rosto, as unhas pintadas de preto e as roupas meio justas demais para um ser do sexo masculino, e chegavam à conclusão de que ele era emo e gay.

Apenas a segunda opção era certa. Paulo de fato sentia atração por pessoas do mesmo sexo, mas não era emo. Ele era apenas diferente. Se ele quisesse, poderia muito bem andar por aí sem a maquiagem, os brincos, com as unhas maltratadas, com um calção e camiseta larga, tênis de skatista ou algo assim, mas ele achava que os garotos que andavam assim eram tão comuns, tão banais. Então, Paulo tinha seu próprio estilo, com todos os seus brincos na orelha e piercings no nariz e nas sobrancelhas, seu lápis de olho (e ocasionalmente sombras também), suas roupas justas e alternativas – camisetas geralmente pretas, e as calças cheias de zíperes e tachas. Além da aparência diferente que o garoto tinha desde o primeiro ano, Melissa o admirava por ele ser um ótimo amigo. Além de divertido e inteligente, ele era a pessoa mais compreensiva que ela já conhecera. A família dela o adorava, e a dele a adorava também. Ele era como um irmão para ela, o melhor irmão que ela poderia ter. Muitas vezes ela chegava a preferir ele a Karen.

Paulo a distraiu e ajudou bastante durante as três primeiras aulas. No recreio, Karen veio correndo, os olhos castanhos brilhando e um sorriso estampado no rosto.

— Mel! Mel! Aqui — disse ela se aproximando e abanando com um papel na mão. — Tenho o remédio pra te tirar da fossa.

— Se for alguma festa, não quero saber. Você sabe como eu fiquei receosa com festas. — Doía quase fisicamente quando ela se lembrava da fatídica festa.

Ah, aquela festa. Foi quando seu mundo desmoronou. Bem, imagine que a pessoa por quem você estava perdida e cegamente apaixonada de repente insistisse para você ir a uma festa. Lá, essa pessoa começaria a beber demais e gritar para os outros segredos seus que eram suas maiores confidências. E, no dia seguinte, quando você fosse conversar com a tal pessoa, ela dissesse coisas horríveis a você, terminasse com você, e saísse andando com o braço nos ombros de uma loira que você nunca viu na vida. Foi o que aconteceu com Melissa.

— Mas essa vai ser diferente — disse Karen. — Não vai ter ninguém lá pra te fazer mal.

— Acho que a Karen tá certa, Mel. — Paulo se meteu na conversa. — Acho que isso seria bom pra você. Sair, se divertir, conhecer pessoas novas.

— Tá, eu vou na maldita festa. — Resmungou ela, bufando. — Mas vocês vão comigo. OS DOIS.

— EEEEEEE! — Karen e Paulo bateram as mãos em um high five enquanto Melissa revirava os olhos.

***

No fim de semana, Karen arrastou Melissa para um salão, onde ela fez uma hidratação nos cabelos e fez as unhas. Em casa, Karen fez Melissa se maquiar e escolher sua melhor roupa para “a noite do seu recomeço”. Melissa escolheu um vestido preto com a saia meio armada e umas botas longas.

Melissa deu sua olhada no espelho de sempre. A aparência estava completamente mudada. Os cabelos haviam voltado a ser sedosos, o frizz havia desaparecido. As unhas pintadas de vermelho estavam impecavelmente feitas. As olheiras, manchas e espinhas haviam sumido sob os mil quilos de base e corretivo que a irmã havia feito ela passar. Brincos delicados pendiam de suas orelhas. A postura estava mais ereta, ela parecia ainda mais alta.

Assim que se viu, um sorriso involuntário se formou em seu rosto. Ela se sentia emocionalmente melhor. Se sentia confiante e determinada a esquecer totalmente os acontecimentos desagradáveis do passado e se concentrar em um recomeço. Ela sentia que tudo poderia dar bem, bastava ela querer.

— Sente-se melhor? — Uma garota mais baixa que ela apareceu na imagem do espelho, ficando ao seu lado e pondo as mãos em seus ombros.

Karen estava linda, também. Os cabelos um pouco mais claros que os de Melissa estavam soltos, uma maquiagem leve em tons claros ressaltava os olhos castanhos que ela havia puxado da avó, as feições tão parecidas com as de Melissa impecáveis. Usava uma calça nova que ela havia ganhado de aniversário há mais de mês e que nunca tivera oportunidade de estrear com sapatos de salto e uma blusa branca.

— Sim. — Respondeu Melissa com sinceridade.

— Que bom, Mel. Porque você está linda, e vai arrasar! Agora, vamos. O Paulo está nos esperando lá em baixo.

Paulo estava um ano atrasado na escola, ele já tinha 18 anos e já tinha carteira de motorista. Ele estava bem bonito também, todo de preto como de costume, sem lápis de olho mas com um pouquinho de sombra para ressaltar seus olhos verdes. Melissa observou o modo como Karen o olhava. Karen sempre se deixava impressionar pela beleza evidente de Paulo, mas não gostava dele “daquele modo”. Ela também o considerava um irmão... Pelo menos até o que Melissa sabia.

***

A música estava alta. Karen estava conversando com algumas amigas e Paulo havia sumido completamente de vista. “Não quero nem saber o que ele está fazendo”, pensou Melissa, tomando um gole de sua bebida. Ela estava sentada no bar observando enquanto as pessoas dançavam. “Até que foi uma boa distração ter vindo... Mas não sei como pude pensar que melhoraria muito mais”, pensava ela, já ficando mais tristonha.

Foi quando Melissa começou a se mover no ritmo da música, ainda sentada em seu banco no bar. Então ela sentiu alguém puxar o banco ao seu lado.

— Melissa?

A garota se virou e deu com um garoto um pouco mais velho, com um rosto familiar. Tinha olhos castanhos e cabelo loiro curto, e uma barba rala.

— Sim?
— Você não se lembra de mim, não é? — Ele perguntou com um meio-sorriso.

— Na verdade, não.

— Sou o Victor. Fomos colegas na aula de música... Uns dois anos atrás.

Melissa se lembrou. Desde os dez anos, Melissa fazia aula de música – aprendia teoria musical e piano. Ela tinha alguns colegas, e ela se lembrava particularmente desse Victor, um loiro alto e magricela – que conseguia ser ainda mais alto que ela, que não era lá muito baixa com seus 1,80m – que era amigo dela. Quando Melissa tinha 14 anos, a escola de música fechou. Ela teve que encontrar outra, que não era a mesma de Victor, e eles perderam o contato.

Victor estava mais diferente. Antes ele era um típico adolescente com jeito de nerd – usava óculos, tinha bastante espinhas, vestia roupas antiquadas. Mas ele tocava muito bem e era muito legal com ela. O garoto sentado à frente dela parecia outra pessoa.

— Ah, Victor! — Exclamou ela meio sem jeito. — Você está diferente.

— E você não mudou nada. — Falou ele, olhando-a de modo pensativo.

Eles começaram a conversar animadamente, contando novidades e relembrando acontecimentos engraçados e marcantes das aulas de música e dos momentos que haviam passado juntos. Melissa nunca havia percebido como haviam sido tantos.

Depois de quase uma hora de conversa, começou uma versão mais lenta da música favorita dela – Broken-Hearted Girl, da Beyoncé. A música era uma ironia, porque expressava tudo que Melissa sentia.

— Quer dançar? — Victor se levantou e lhe estendeu a mão.

— C-claro. — Gaguejou ela, corando um pouco.

Enquanto dançavam a música lenta em meio a vários outros casais, Victor abaixou a cabeça de modo a ficar bem no ouvido dela.

— Mel, não é estranho que depois de tanto tempo sem nos vermos, eu consiga me lembrar com tanta clareza de você? Acho que isso significa que você realmente marcou a minha vida.

— Eu também me lembro de você. Você foi um ótimo amigo pra mim.

— Foi só isso que eu fui? — Perguntou ele, levantando o rosto e a olhando nos olhos. Seu olhar trazia mágoa. — Só mais um “ótimo amigo”?

Melissa ficou em silêncio.

— Mel, eu sei o quanto você se machucou com o idiota do seu ex-namorado. Mas nem todos os caras são assim. Você precisa viver, é tão jovem. Precisa de alguém que te prove que esse coração pode se reconstituir. Alguém que faça essa imagem ruim do amor se apagar da sua mente... Me deixe ser essa pessoa, Mel. É o que eu sempre quis ser, desde os mais remotos tempos das nossas aulas de música. A pessoa que te provaria que o amor merece uma segunda chance.
Se aquilo fosse com qualquer outro cara, Mel ficaria receosa. Mas não era qualquer um, era Victor. Ela o conhecia. Ela não estava com medo de mergulhar de cabeça em um relacionamento e nem de correr riscos. Ela queria que ele fosse a pessoa a lhe mostrar a segunda chance do amor.

— Eu deixo. — Foi o que ela disse, antes que ele baixasse a cabeça e a beijasse ternamente, bem em sua parte favorita da música.

Com isso, ela sabia que o dia seguinte seria a primeira vez em meses que ela veria felicidade estampada em seu rosto no espelho.

“Now I’m at a place I never thought I’d be
I’m living in a world that all about you and me
Ain’t gotta be afraid, my broken heart is free
To spread my wings and fly away, fly away with you.”
(Agora estou em um lugar que nunca pensei que estaria
Estou vivendo em um mundo que se resume a você e eu
Não preciso ter medo, meu coração partido está livre
Para abrir minhas asas e voar, voar com você.)

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Memórias:)

Vídeo aberto no youtube:Selena Gomez - Falling Down

Apenas lembranças...:)

É incrível como existem coisas na nossa mente que nos dão a impressão de que nunca vão embora...A maior parte realmente fica,mas algumas são esquecidas de detalhes até o ponto em que nunca aconteceram...
Como nossa mente faz essa seleçaõ?Tem mais a ver com o que sentimos em cada situação ou com a nossa capacidade cerebral?
1º Teoria:As coisas que nos causam os sentimentos mais fortes porém esperados,simplesmente são jogadas para um canto,as emoções inesperadas que nos causam de prazer a susto,e tristeza a euforia incontrolável...Bom,elas só marcam com mais força o carimbo nos nossos pensamentos.Será que eu esqueço esse texto?Talvez.Já tive essa dúvida antes,eu acho,não lembro direito.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Implicância...¬¬'

Pra quem já teve um professor assim...

Não sei,pensa aí...

Foi o que me disseram,ou melhor,o que a minha professora disse quando perguntei o por que de uma nota tão baixa em uma prova tão fácil.
Você já teve um professor implicante?
Você já teve um professor implicante que te detesta?
Você já teve um professor implicante que te detesta e põe defeito em cada questão da sua prova seja pela ortografia ou por que você esqueceu a bendita unidade de medida no resultado da conta?
Eu já tive uma professoa assim.Quase fiquei de recuperação por causa dela,e tomei raiva dela,da matéria dela e da escola em que ela dava aula,por conincidência,a que eu estudava.
Mas sabe,essa não é a pior parte,a pior,é quando você descobre que ela desistiu da aposentadoria,ou que vai dar aula pra você no ano seguinte,e que sua melhor amiga simplesmente a-d-o-r-o-u a notícia de que ela vai dar aula até quando for possível,por que ela ama dar aula,e ama ficar te olhando esperando que você cometa qualquer arrinho,converse,olhe pro caderno ao lado,sorria,viva,respire...
No entanto,ainda existe um erro mortal:Esquecer o livro.
Em uma palavra:Péssimo
Em duas:O livro!
Em três:Você não trouxe?
Particularmente acho que todos sabem como é esse episódio de "Aluno marcado,professor simpático" então não vou entrar em mais detalhes,nem falar das consequências dessa aminésia na agenda.
Se você tiver um(a) professor(a) assim, eu tenho uma sugestão:Estude!
Ele(a) pode ser focado(a) em te jogar balde de água fria,mas lembrem que apesar de de ter achado um meia vírgula erradaa cada 5 centímetros de prova,eu disse que QUASE fiquei de recuperação naquela prova...No final do bimestre eu tive o prazer...
-Professora amadaaaaaaaa,tirei nove na sua matéria no boletim...
Até hoje quando fico triste ou brava,lembro da expressão no rosto dela ao fim da frase:"Que bom..."
Afinal rir é o melhor remédio.

terça-feira, 2 de março de 2010

O livro nº1

Melhor música NESSE intante?Pussycat Dolls - Buttons ft. Snoop Dogg

Deve fazer mais ou menos um mês que eu li o livro,A menina que roubava livros,
a historia é narrada pela morte,como se fosse uma pessoa,
Se passa na época do nazismo,na Alemanha,com uma menina chamada Liesel,
Que depois de aprender a ler com seu pai adotivo,passa a roubar livros,alguns com a ajuda de seu amigo Rudy.
O livro é narrado por alguem muito incomum e se torna ainda mais interessante por isso.
É emocionante,(se você observar minunciosamente,tem um pouco de comédia),um tanto educativo (por ter algumas menções a acontecimentos importantes da História),encorajador,e uma lição de uma menina que em época de fanatismo,loucura e assassinatos ousou desobedecer a Hitler...
Recomendadíssimo.


14:36

segunda-feira, 1 de março de 2010

Primeiro post!;)

O primeiro blog,a gente nunca esquece!!
Nesse momento minha música preferida é:
Baby - Justin Bieber

Atualizando meus já amados leitores(me sentindo "A PRÓPRIA" Meg Cabot no momento...)
no blog eu vou falar de assuntos variados,beleza,música,escola,livros, e tudo o que puder dividir com vocês.
Os temas principais vão ser mais centralizados pra adolescentes com certeza,espero receber comentários e críticas construtivas sejam todos Bem-vindos!!
PS:Agradeço a minha amiga Ana,pela ideia de fazer o blog....s2